quinta-feira
A manhã
Assim, devagar... ao som da brisa, azul, nuvens cinzentas num dia de sol. Cinzentas? talvez. Não as vejo. Uma pétala molhada. No chão orvalhado penetra-me nos ossos o frio da manhã. Ao longe. Na névoa, esconde-se de mim o bosque onde por vezes me perco. Daqui a pouco estarei de novo com ele, por entre folhas e ramos hei-de perder-me de novo. No correr dos pássaros, no cantar da água, no tilintar cristalino da manhã... O estômago aperta-me, não tenho fome. Nem sequer sede. Sacio-me do perfume leve que me rodeia. A manhã já foi. O sol já levantou. Retenho em mim todo o seu calor. Aguardo... devagar, o cair do dia que me trará a noite. E me dará de novo a névoa fria desta manhã.
sábado
sexta-feira
sábado
domingo
sábado
domingo
em ti...
Onde estás que não te encontro...
Onde estás que te não vejo...
Sinto-te em mim...
Sinto-me em ti...
Onde estás...
Que me perdi...
Perdi-me na imensidão...
Perdi-me na mansidão...
Perdi-me no calor...
no sabor...
do teu beijo...
Perdi-me em ti...
Perdeste-te em mim...
em ti...
em mim...
Encontrei-me...
em nós...
Encontrei-te...
Onde estás que te não vejo...
Sinto-te em mim...
Sinto-me em ti...
Onde estás...
Que me perdi...
Perdi-me na imensidão...
Perdi-me na mansidão...
Perdi-me no calor...
no sabor...
do teu beijo...
Perdi-me em ti...
Perdeste-te em mim...
em ti...
em mim...
Encontrei-me...
em nós...
Encontrei-te...
escuro, frio, vazio... um toque leve, uma fresta de luz tímida... o olhar perdido... o ranger, a luminosidade apoderando-se... espreitando a medo... entrando de rompante... rendo-me prostrado... tomando-me sem pudor... inflamo na luz... Estás aqui!... contraio-me num desriso... agarrando-me com vigor... pequeno em mim... apertando-me calorosa... rendo-me a ti...
sábado
dá-me a mão...
fechado em mim liberto apenas a contracção muscular que me faz esboçar o chamado sorriso... incapaz de qualquer outra forma de expressão sorrio... sorrio a todos os que me tocam...
sorrio a todos os que não me sentem... sorrio pela alegria de um olhar... sorrio pela sua triste ausência...
sorrio... talvez por não saber sentir... se o sei, por não o saber mostrar... se o mostro... por ninguém se importar... sorrio simplesmente... por não saber chorar...
a cada dia olho no espelho o meu rosto... a cada dia um pouco deste sorriso vai ficando lá... a cada dia vou perdendo o último vestígio de emoção... a cada dia vou-me tornando tela vazia perdida no sótão de um qualquer pintor...
quinta-feira
sexta-feira
abismo
Sinto que te estou a perder...
foges-me entrededos, não te consigo segurar...
procuro um sentido, uma razão... não percebo...
talvez não queira perceber... estás tão longe...
como gostava de te encontrar...
atar-te, e não mais te deixar escapar...
não mais te deixar fugir...
jamais te deixar cair...
foges-me entrededos, não te consigo segurar...
procuro um sentido, uma razão... não percebo...
talvez não queira perceber... estás tão longe...
como gostava de te encontrar...
atar-te, e não mais te deixar escapar...
não mais te deixar fugir...
jamais te deixar cair...
segunda-feira
sexta-feira
"The most important kind of freedom is to be what you really are.
You trade in your reality for a role. You give up your ability to feel,
and in exchange, put on a mask." Jim Morrison
You trade in your reality for a role. You give up your ability to feel,
and in exchange, put on a mask." Jim Morrison
quinta-feira
o outro lado
You know the day destroys the night
Night divides the day
Tried to run
Tried to hide
Break on through to the other side
We chased our pleasures here
Dug our treasures there
But can you still recall
The time we cried
Break on through to the other side
I found an island in your arms
A country in your eyes
Arms that chain us
Eyes that lied
Break on through to the other side
Made the scene from week to week
Day to day, hour to hour
The gate is straight
Deep and wide
Break on through to the other side
Night divides the day
Tried to run
Tried to hide
Break on through to the other side
We chased our pleasures here
Dug our treasures there
But can you still recall
The time we cried
Break on through to the other side
I found an island in your arms
A country in your eyes
Arms that chain us
Eyes that lied
Break on through to the other side
Made the scene from week to week
Day to day, hour to hour
The gate is straight
Deep and wide
Break on through to the other side